Título
Edifício Bastian Pinto
Localização
Ponto
9
Autor
Ano de concepção do projeto
Período de Construção
Uso original
Uso atual
Descrição
Projetado e construído entre 1928 e 1930, o edifício Bastian Pinto está localizado na rua Vigário José Inácio, 433, esquina rua dos Andradas, no centro de Porto Alegre. Atualmente, chama-se Edifício Rosário e encontra-se com a fachada do térreo bastante descaracterizada, após o grande número de reformas realizadas pelas lojas que ali se estabeleceram. O edifício é um tanto relegado quando se fala da atuação de José Lutzenberger no Brasil, porém, é de suma importância, tanto para o estudo de sua trajetória, quanto para a história de Porto Alegre, já que fez parte do início do processo de verticalização do centro da cidade. Com ambiciosos sete pavimentos, foi projetado para uso misto comercial e residencial e tem solução de fachada bastante moderna e com poucos ornamentos, aproximando-o do estilo da Secessão (LUZ, 2004). Ganha relevância, também, no âmbito da história socioeconômica da região, tanto por ocupar ponto nobre do centro da capital como por ter sido mandado erigir pelo sr. Oscar Bastian Pinto, engenheiro e acionista do Banco Porto Alegrense, instituição que trabalhava com crédito imobiliário. Bastian Pinto fazia parte da comunidade São José e contratou Lutzenberger para a realização de diversos projetos, como a construção do condomínio de casas para aluguel na rua São Carlos, atualmente, chamado de Vila Flores. Apesar de contar plantas muito irregulares e bastante compartimentadas em quase todos os pavimentos, apresenta solução compositiva que parece adotar o preceito de forma que segue a função, cunhado por Louis Sullivan. Conseguimos distinguir, na composição, o térreo reservado ao uso público, com lojas e sobrelojas bem distintas do corpo, onde ficariam os apartamentos e escritórios, enquanto o último andar indica alguma função diferente, seja um salão de festas ou um apartamento maior ou mais luxuoso.
Referências
Título
A arte e o ofício de José Lutzenberger (1882–1951)
Autor
Caroline Hädrich
Ano
2021
Referências Visuais
Acervo
Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional